quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Era cedo e tarde. Só que o tempo é tão relativo tão curto tão longo tão seu!
E aquela coisa vinha, só que vinha rápido demais
E me olhava nos olhos e nos lábios
E vinha cada vez mais.
Não ouviu nunca sinos quando nos beijos, mas as lágrimas insistiam em brotar
E aquela coisa, toda aquela coisa
Que era tanto e coisa alguma,
Era raiva
Era tesão
E vinha sorrasteira e deslocava e desolava
Uma coisa que insistia em ser grande a cada vez que eu queria fazê-la menor.
No rosto de criança inocente e no cheiro da respiração junto ao cheiro de cigarro
E no riso sem motivo aquela coisa vinha
E vinha e vinha e vinha
E era um misto de desejos que resultava em uma só coisa...
Porque a coisa era medo.