Era uma sexta feira, mas não como outra qualquer. Eram sete da noite e voltava do trabalho. Pela primeira vez trabalhara uma hora e meia a mais espontâneamente.
   E pela primeira vez chegaria em casa e encontraria silêncio completo. Nada do barulho do chuveiro pingando, o cheiro do sabonete, da roupa limpa, do café sendo passado e os cabelos no chão de azulejos brancos.
   Põe a chave na fechadura. Respira fundo. Abre a porta. Joga-se no sofá de couro preto e tira os sapatos. Vê os móveis vermelhos e a decoração de zebra que contrasta com a máquina de escrever e o toca-discos.
   Abre os olhos. São onze horas! Havia dormido ou passou a noite pensando em não pensar?
   Vai para o banho lembrando que a novela acabava às dez e os documentários iniciavam quinze minutos antes; sempre perdia o início. Não que não pudesse entender se não visse a introdução, mas preferia vê-la ou não ver nada do programa.
   Era oito ou oitenta! Ou se bebe whisky puro ou se toma água. Ou sapatos de salto ou andava descalça. Ah! Sempre fora assim...tudo a seu jeito ou que caíssem fora.
   Fuma deitada nua no sofá e, acariciando os seios rijos, lembra-se da última noite. Chegou em casa com vontade de trepar na varanda. Enquanto se despia, mandou que a mulher fosse ageitando tudo.
   - Na varanda?! Nem pensar, os vizinhos podem ver!
   - Que vejam...e morram de inveja! - sorriu maliciosa.
   - Sempre faço o que pede, mas já está passando dos limites...não vou!
   - Não vai, é?!
   Jogou-a no tapete e fizeram sexo. Depois, levantou e foi para o quarto, de onde voltou com uma sacola que jogou perto da porta.
   - Que é isso? - pediu a mulher, ainda no tapete.
   - Tuas coisas. Tens dez minutos pra sumir daqui, vagabunda!
   - Só pode estar brincando comigo. Que tara nova é essa?
   - Tenho cara de quem está brincando? Sai daqui já! Primeiro que cansei de ti e segundo que eu queria trepar na varanda.
   - Só por isso?
   - É.
   Continua a acariciar os seios. Pensa que devia ter fodido mais uma vez no banho...ah! como era gostosa aquela guria; as pernas bem torneadas, a bundinha empinada e os seios...ah! os seios!!
   Arrepiou-se e arrependeu-se, mas só por instantes breves em que acariciava a própria buceta. No silêncio do apartamento masturbou-se, gemeu e gozou. Pegou o telefone e ligou para o disque-sexo. Já disse, era oito ou oitenta!
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
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